quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Um Caminho para Dois - Two For The Road

Um Caminho para Dois - Two For The Road

Todos já sabem que eu sou fã da Audrey Hepburn, que ela é a minha atriz preferida e etc., mas esse não é o único motivo que me faz escrever sempre sobre ela.


A questão é que praticamente todos os filmes de Miss Hepburn são fantásticos, assim como ela dá um show de interpretação em todos eles. 

O filme de hoje merece uma posição de destaque entre os filmes mais românticos já produzidos, não só por sua história realista, mas pelas maravilhosas interpretações de Audrey Hepburn e de seu co-estrela, Albert Finney. E sem contar a bela canção de Henry Mancini, que me faz chorar todas as vezes que ouço. A melodia é fantástica, e a letra é um retrato fiel do casamento de Joanna e Mark.

O filme começa sem 1967, com o casal Joanna (Audrey Hepburn) e Mark (Albert Finney) embarcando em uma viagem de avião ( e posteriormente de carro), onde eles relembram vários momentos que passaram juntos, antes e durante o casamento. 

Joanna é uma jovem tímida -supostamente virgem, como sugere Mark, alegando que ele tem um dom especial para reconhecer virgens-, que viaja junto com outras garotas do coral em que faz parte. Em uma dessas viagens, o carro onde elas estão quebra, e então aparece o boêmio arquiteto Marcus Wallace/Mark (Albert Finney), um rapaz sonhador que passa os dias viajando pelo país à procura de chances, e também aproveita para fotografar diversas arquiteturas.


Para o azar das garotas, todas pegam catapora, exceto Joanna, que parte em viagem junto com Mark. A princípio, Mark não gosta muito da ideia de tê-la como companheira de viagem, e os dois chegam até a se separarem, durante uma carona e outra, mas se reencontram em seguida.

Durante o tempo em que viajam, os dois passam por diversos momentos cômicos e românticos, até que Mark se vê apaixonado pela ''garota tímida'' e a pede em casamento.

Mas esse casamento foi se desgastando com o tempo. Brigas, traições por ambas as partes, a gravidez e o nascimento da filha, Caroline, foram elementos fortes que fizeram com que o casamento de Joanna e Mark fosse se desgastando pouco a pouco.

O filme, embora se passe em 1967 (ano de seu lançamento), mostra diversas etapas da vida do casal, desde o dia em que se conheceram, a viagem com um casal de amigos e sua filha, a gravidez e o nascimento de Caroline, as traições, as viagens seguintes e etc. Contudo, o filme não especifica exatamente as datas, mas o cabelo e o figurino de Audrey estão sempre mudados nos ''flashbacks'', o que faz com que o público tenha uma noção de tempo. Mark, porém, continua o mesmo.

Stanley Donen, um dos mais famosos diretores daquela época e um gênio cinematográfico, fez de Um Caminho para Dois um de seus melhores filmes. Uma trama simples, mostrando a vida de um casal em conflito, ao longo dos anos e como superaram isso. 

Os diálogos são fáceis, ora cômicos, ora românticos, sarcásticos ou cínicos. 


A doce Audrey Hepburn, a queridinha número um do público, desde a sua estreia em A Princesa e o Plebeu, em 1953, ficou hesitante em aceitar o papel de Joanna, devido as francas cenas de sexo, os palavrões e a infidelidade. Audrey temeu perder a admiração de seu público, que sempre a mantiveram como a terna princesa Ann, como a garota que nunca perderia o encanto, a incapaz de falar um palavrão ou fazer qualquer coisa errada. 

A personagem tem muito a ver com sua interprete, exceto pelas atitudes pouco admiráveis e a infidelidade. Na época em que o longa foi filmado, o casamento de Audrey com o ator Mel Ferrer já estava muito desgastado, passando por uma crise terrível, o que fez com que Audrey desenvolvesse um affair com o seu co-protagonista, Albert Finney.

''Quando Albert chegava, a senhorita Hepburn imediatamente abria um enorme sorriso. Ela ficava feliz perto dele, e ele perto dela. Nunca ela fora tão feliz em uma filmagem. Albert tinha o poder de alegra-la, de fazê-la esquecer seus problemas.'' - Relato de um dos membros da equipe de produção do filme.

Entretanto, o romance dos dois durou apenas durante as filmagens. Em 1968, Audrey e Mel Ferrer se divorciaram. 

Mas voltando ao assunto, que se refere justamente as atuações, Albert Finney esteve excelente, porém um pouco imaturo demais no papel de Mark. 


E, como eu citei logo no início, a trilha sonora de Henry Mancini é um show à parte. A melodia é doce, delicada, romântica e comovedora, um retrato mais do que perfeito da vida do casal Joanna e Mark Wallace. Não tem como não se apaixonar. 

Um Caminho Para Dois é um filme excelente, com um bom roteiro, uma boa direção, uma trilha sonora fantástica e atuações ótimas, destacando principalmente a de Audrey Hepburn, é claro.

Um filme que não pode deixar de ser visto pelos fãs da eterna Bonequinha de Luxo, e pelos eternos apaixonados. 

Curiosidades

Audrey Hepburn só aceitou o papel depois de muita insistência de Stanley Donen.

Audrey Hepburn tinha hidrofobia, o que dificultou suas cenas em uma piscina.

Este filme é primeiro em que Audrey teve de ficar nua. Entretanto, as cenas foram censuradas e nunca chegaram aos cinemas.

Henry Mancini considera o tema de Two for the Road a sua melhor obra.

A Academia Cinematográfica ficou em dúvida se indicava Audrey pelo papel de Joanna ou pelo de Suzy, sua personagem em ''Um Clarão nas Trevas''. 

Durante as filmagens, o casal de atores protagonista tiveram um breve affair,
Abaixo, confira o trailer de Um Caminho para Dois:



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