Só Resta Uma Lágrima, 1946
Um dos grandes melodramas da década de 40, Só Resta Uma Lágrima nos trás uma bonita história e uma atuação SOBERBA de Olivia de Havilland, que recebeu seu primeiro Oscar de Melhor Atriz por sua atuação neste longa.
Sinopse:
Jody Norris (Olivia de Havilland) é uma garota do interior, que vive com seu pai e o ajuda em sua farmácia/mercearia. Mesmo sendo muito bonita e atraindo vários pretendentes, Jody não sente vontade alguma de se apaixonar ou de se casar.
O ano é 1918, e quando a Primeira Guerra Mundial está chegando ao fim, Jody conhece e instantaneamente se apaixona por Bart Cosgrove (John Lund), um piloto recém chegado em Piersen Falls, que fica na cidade apenas uma noite.
E é nessa noite que Jody, muito apaixonada, se entrega a Bart, que parte na manhã seguinte.
Os dois se apaixonam e o relacionamento continua, mas à distância, através de cartas.
Pouco tempo depois, Jody descobre que está grávida, mas é aconselhada pelos médicos a abortar a criança, caso contrário, estará se submetendo ao risco de ter peritonite e morrer.
Sem notícias de Bart e temendo um escândalo, Jody aceita fazer o aborto, porém, ao chegar em casa, ela descobre que Bart foi morto em combate. Jody desiste da ideia de abortar e segue com a gravidez, mesmo sabendo dos riscos.
Logo no início de 1919, Jody vai para NY e dá à luz a um menino. Sem saber o que fazer com a criança, Jody combina com Daisy - uma enfermeira que mais tarde vira sua amiga - um plano para que ela fique com o bebê por duas semanas, e depois abandoná-lo, fazendo com que Jody possa adotá-lo sem que cause um escândalo em sua pacata cidade.
Duas semanas se passam, e Jody aguarda ansiosamente por alguma notícia de seu filho. Logo se espalha pela cidade que um bebê foi abandonado em uma casa cheia de crianças, o que facilita o processo de adoção para Jody.
Entretanto o plano de Jody dá errado, e o bebê acaba sendo adotado pelos Piersen.
Desolada, Jody vai para Nova York e se torna uma bem-sucedida e amarga empresária. Ela segue amando seu filho à distância, até que anos depois, o destino os une novamente, dando uma nova chance a Jody de conquistar o amor de seu filho.
Olivia de Havilland está magnífica neste drama! Sua entrega ao papel foi tão grande, que mesmo sendo cinco anos mais nova do que John Lund (intérprete de seu filho na fase adulta), ela realmente parece a mãe do personagem. A ótima maquiagem ajudou muito, mas foram os olhares, os gestos e sobretudo a entrega de Olivia ao papel que fazem com que o público sinta isso.
A personagem Jody, que vai de garota inocente a senhora amargurada, rendeu à Olivia sua terceira indicação ao Oscar, e sua primeira vitória como Melhor Atriz.
Mary Anderson é outro destaque do filme. A ''antagonista'' Corinne Piersen foi um dos pontos fortes do filme.
O restante do elenco esteve bem, destacando John Lund, que logo em sua estréia nos cinemas encara um papel duplo: o de Bart, na primeira fase do filme, e depois o de Gregory Piersen, o filho de Jody vinte e quatro anos depois.
Destaque também para a ótima direção de Mitchel Leisen, que havia dirigido Olivia de Havilland em ''A Porta de Ouro''. E destaque para a bonita trilha sonora de Victor Young.
Embora não tenha todo o reconhecimento que merece, Só Resta uma Lágrima é um dos melhores dramas da década de 1940. Um filme que emociona do começo ao fim, não só pela cativante atuação de Olivia como uma mãe sofrida, mas também pela belíssima história. A cena final é de uma emoção contagiante.
Sem dúvidas este é um dos melhores filmes de Olivia de Havilland, a homenageada do blog esse ano. Um filme para ser visto e revisto várias vezes, principalmente para aqueles que não resistem a um bom melodrama.
Curiosidades:
O papel de Josephine fora oferecido a Ginger Rogers, que recusou.
Estréia de John Lund, já em papel duplo.
Olivia de Havilland exigia Mitchell Leisen como diretor desse filme. A atriz já havia sido dirigida por Leisen em A porta de ouro, também escrito por Charles Brackett, em colaboração com Billy Wilder.
Olivia de Havilland quando ganhou o Óscar de Melhor Atriz, agradeceu a 27 pessoas. Não chegou a ser o maior discurso já feito no Oscar - este cabe a Greer Garson - mas de Havilland é recordista no número de pessoas citadas durante o discurso de agradecimento feito após a entrega do prêmio.
Prêmios e Indicações:
Oscar (1947)
Venceu na categoria de melhor atriz (Olivia de Havilland).
Indicado na categoria melhor roteiro original.
Filme completo e legendado no Youtube:
Obs: não há trailer disponível.
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