quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A Flor do Pântano - Tammy and the Bachelor

A Flor do Pântano - Tammy and the Bachelor

Que a Debbie Reynolds era uma gracinha, todos nós já sabemos. Mas o que não sabíamos, é que a garotinha fofa, baixinha e de voz angelical, poderia ser mais encantadora ainda.

Sim, meus queridinhos, o filme sobre o qual irei falar é o fofíssimo A Flor do Pântano, produção de 1957.

Tammy (Debbie Reynolds), é uma garota de 17 anos muito fofinha, que vive com seu avô e sua cabrinha Nan, no pântano.

Em um dia comum na vida de Tammy, o avião de Pete (Leslie Nielsen) cai no pântano, e Tammy e seu avô o salvam.

Pete passa dez dias na casa de Tammy, sendo muito bem cuidado por ela e por seu avô. Mesmo com poucos recursos, Tammy e o avô fazem com que Pete se cure rapidamente, mas, ao final destes dez dias, Tammy começa a desenvolver mais do que um sentimento de amizade por Pete.

Após a ida de Pete, alguns dias depois, o avô de Tammy é preso pelas autoridades locais, acusado de fazer licor de milho ilegalmente.
O avô, preocupado com a neta, diz que, antes de Pete partir, ele havia prometido cuidar de Tammy, caso acontecesse algo.

Tammy parte para a casa de Pete, levando consigo a sua única amiga, a cabrinha Nan.

Ao chegar na casa do bonitão, a garota é acolhida por ele e seus familiares, que acreditam que o real motivo da ida de Tammy para a cidade, foi devido ao ''falecimento'' de seu avô.

Tammy, na mais pura inocência, conta que, ao invés de estar morto, como todos pensavam, seu avô está na cadeia.

Chocada, a mãe de Pete começa a tratá-la com um certo desprezo, fazendo com que a menina trabalhe e ajude nos preparativos para uma festa que acontece anualmente na região.

Tammy não reclama, pelo contrário, ela adora trabalhar, principalmente quando o assunto é festa, coisa que ela nunca viu na vida.

Mas a convivência com Pete faz o amor de Tammy crescer a cada dia mais, o que nos rende uma linda cena musical no filme, onde Tammy canta uma musiquinha absurdamente fofa, falando de seu amor por Pete.

Pete, porém, esta noivo de Bárbara, uma moça rica e sem a carisma e inocência de Tammy. Aliás, a inocência de Tammy acaba ''encantando'' um paquerador amigo de Pete, que leva a mocinha para passear, mas com segundas intenções.

Percebendo que Tammy, devido a sua inocência, poderia ser mais uma conquista de seu amigo, Pete vai buscá-la, e depois leva a garota para tomar sorvete na cidade, e mostra a ela todas as tecnologias da época, as lojas e as roupas chiques, coisas que, na mente de Tammy, são estranhas.

Na casa de Pete, Tammy é constantemente repreendida por sua falta de educação, dizendo coisas que não convêm serem ditas. Mas não é por maldade que Tammy faz isso. Ela não estudou, tudo o que sabe aprendeu com o avô, e além disso, foi criada no pântano, não sabe os costumes e os modos da cidade grande.

Chega o dia da festa, e Tammy conquista a todos os visitantes, fazendo todos pararem para escutar sua historinha doce e sem malícia, o que faz da festa um grande sucesso.

Os dias passam, e Tammy se sente cada vez mais rejeitada por Pete. A garota pega sua cabrinha e parte de volta ao pântano.

Ao saber da partida de Tammy, Pete finalmente se dá conta de que ama Tammy, e parte em busca do seu verdadeiro amor.

Aquela moça evoluída e com a voz perfeita de Cantando na Chuva, que em 1952 encantou o público, volta a nos presentear com mais uma interpretação magnífica e com a sua doce voz. A Flor do Pântano foi um grande sucesso da época, e a música tema, cantada por Debbie (Tammy is in Love), fez com que o vinil da trilha sonora do filme vendesse milhares de cópias, e consolidou Debbie como uma das maiores vozes da época.

Leslie e Debbie não possuem muita química, pois ela parece ser a irmã mais nova dele, não a ''namorada''. Mas quando se juntam, o público fica fascinado pelas interpretações simples e encantadoras, que fez com que esse filminho ''água com açúcar'' se tornasse um verdadeiro sucesso.

A Flor do Pântano não é um grande filme, mas vale a pena ser visto e revisto várias vezes, principalmente por todos os que adoram uma comédia leve, sem malícia e apaixonante.

Abaixo, confira o trailer de A Flor do Pântano:





Obs: o filme está disponível legendado no Youtube. Confira:



Um Caminho para Dois - Two For The Road

Um Caminho para Dois - Two For The Road

Todos já sabem que eu sou fã da Audrey Hepburn, que ela é a minha atriz preferida e etc., mas esse não é o único motivo que me faz escrever sempre sobre ela.


A questão é que praticamente todos os filmes de Miss Hepburn são fantásticos, assim como ela dá um show de interpretação em todos eles. 

O filme de hoje merece uma posição de destaque entre os filmes mais românticos já produzidos, não só por sua história realista, mas pelas maravilhosas interpretações de Audrey Hepburn e de seu co-estrela, Albert Finney. E sem contar a bela canção de Henry Mancini, que me faz chorar todas as vezes que ouço. A melodia é fantástica, e a letra é um retrato fiel do casamento de Joanna e Mark.

O filme começa sem 1967, com o casal Joanna (Audrey Hepburn) e Mark (Albert Finney) embarcando em uma viagem de avião ( e posteriormente de carro), onde eles relembram vários momentos que passaram juntos, antes e durante o casamento. 

Joanna é uma jovem tímida -supostamente virgem, como sugere Mark, alegando que ele tem um dom especial para reconhecer virgens-, que viaja junto com outras garotas do coral em que faz parte. Em uma dessas viagens, o carro onde elas estão quebra, e então aparece o boêmio arquiteto Marcus Wallace/Mark (Albert Finney), um rapaz sonhador que passa os dias viajando pelo país à procura de chances, e também aproveita para fotografar diversas arquiteturas.


Para o azar das garotas, todas pegam catapora, exceto Joanna, que parte em viagem junto com Mark. A princípio, Mark não gosta muito da ideia de tê-la como companheira de viagem, e os dois chegam até a se separarem, durante uma carona e outra, mas se reencontram em seguida.

Durante o tempo em que viajam, os dois passam por diversos momentos cômicos e românticos, até que Mark se vê apaixonado pela ''garota tímida'' e a pede em casamento.

Mas esse casamento foi se desgastando com o tempo. Brigas, traições por ambas as partes, a gravidez e o nascimento da filha, Caroline, foram elementos fortes que fizeram com que o casamento de Joanna e Mark fosse se desgastando pouco a pouco.

O filme, embora se passe em 1967 (ano de seu lançamento), mostra diversas etapas da vida do casal, desde o dia em que se conheceram, a viagem com um casal de amigos e sua filha, a gravidez e o nascimento de Caroline, as traições, as viagens seguintes e etc. Contudo, o filme não especifica exatamente as datas, mas o cabelo e o figurino de Audrey estão sempre mudados nos ''flashbacks'', o que faz com que o público tenha uma noção de tempo. Mark, porém, continua o mesmo.

Stanley Donen, um dos mais famosos diretores daquela época e um gênio cinematográfico, fez de Um Caminho para Dois um de seus melhores filmes. Uma trama simples, mostrando a vida de um casal em conflito, ao longo dos anos e como superaram isso. 

Os diálogos são fáceis, ora cômicos, ora românticos, sarcásticos ou cínicos. 


A doce Audrey Hepburn, a queridinha número um do público, desde a sua estreia em A Princesa e o Plebeu, em 1953, ficou hesitante em aceitar o papel de Joanna, devido as francas cenas de sexo, os palavrões e a infidelidade. Audrey temeu perder a admiração de seu público, que sempre a mantiveram como a terna princesa Ann, como a garota que nunca perderia o encanto, a incapaz de falar um palavrão ou fazer qualquer coisa errada. 

A personagem tem muito a ver com sua interprete, exceto pelas atitudes pouco admiráveis e a infidelidade. Na época em que o longa foi filmado, o casamento de Audrey com o ator Mel Ferrer já estava muito desgastado, passando por uma crise terrível, o que fez com que Audrey desenvolvesse um affair com o seu co-protagonista, Albert Finney.

''Quando Albert chegava, a senhorita Hepburn imediatamente abria um enorme sorriso. Ela ficava feliz perto dele, e ele perto dela. Nunca ela fora tão feliz em uma filmagem. Albert tinha o poder de alegra-la, de fazê-la esquecer seus problemas.'' - Relato de um dos membros da equipe de produção do filme.

Entretanto, o romance dos dois durou apenas durante as filmagens. Em 1968, Audrey e Mel Ferrer se divorciaram. 

Mas voltando ao assunto, que se refere justamente as atuações, Albert Finney esteve excelente, porém um pouco imaturo demais no papel de Mark. 


E, como eu citei logo no início, a trilha sonora de Henry Mancini é um show à parte. A melodia é doce, delicada, romântica e comovedora, um retrato mais do que perfeito da vida do casal Joanna e Mark Wallace. Não tem como não se apaixonar. 

Um Caminho Para Dois é um filme excelente, com um bom roteiro, uma boa direção, uma trilha sonora fantástica e atuações ótimas, destacando principalmente a de Audrey Hepburn, é claro.

Um filme que não pode deixar de ser visto pelos fãs da eterna Bonequinha de Luxo, e pelos eternos apaixonados. 

Curiosidades

Audrey Hepburn só aceitou o papel depois de muita insistência de Stanley Donen.

Audrey Hepburn tinha hidrofobia, o que dificultou suas cenas em uma piscina.

Este filme é primeiro em que Audrey teve de ficar nua. Entretanto, as cenas foram censuradas e nunca chegaram aos cinemas.

Henry Mancini considera o tema de Two for the Road a sua melhor obra.

A Academia Cinematográfica ficou em dúvida se indicava Audrey pelo papel de Joanna ou pelo de Suzy, sua personagem em ''Um Clarão nas Trevas''. 

Durante as filmagens, o casal de atores protagonista tiveram um breve affair,
Abaixo, confira o trailer de Um Caminho para Dois: