terça-feira, 30 de setembro de 2014

Bonequinha de Luxo - Breakfast at Tiffany's

A análise de hoje é sobre o delicioso clássico Bonequinha de Luxo, que eternizou Audrey Hepburn como o maior ícone de moda, beleza e elegância de todos os tempos.

Bonequinha de Luxo é considerado um dos filmes mais importantes de todos os tempos e, além disso, foi o ponto forte da moda e um passo fundamental para o nascimento da mulher moderna. 
A cena inicial onde Audrey Hepburn desce de um táxi em frente a mundialmente conhecida joalheria Tiffany & Co., vestindo um tubinho preto, luvas, coque alto, colar de pérolas e uma mini-coroa na cabeça, ao som da doce melodia de Moon River - canção composta por Henry Mancini, que acabou levando o Oscar de Melhor Canção do ano - é uma das cenas mais marcantes do cinema e sendo considerado por muitos como o momento definitivo da moda e o nascimento da mulher moderna.  

 A direção do filme fica por conta de (até então novato na área) Blake Edwards, que realizou um excelente trabalho neste filme, que acabou se tornando o seu filme mais conhecido. Também temos no elenco George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen e Mickey Rooney, que interpreta o insuportável Mr. Yunioshi, vizinho de Holly. 

Holly Golightly é uma garota de programa nova-iorquina, que não tem nada além de um apartamento alugado e um gato sem nome, que é o seu único companheiro. Holly vivia ao leste de Tulip, no Texas com seu irmão Fred, mas se casou aos 14 anos com Doc Golightly, um médico veterinário que ficara viúvo recentemente e tinha 4 filhas, das quais Holly acabou se tornando ''mãe''.
Porém o desejo de liberdade e a ambição de Holly fazem com que ela fuja de casa, deixando para trás sua família e indo viver em NY, onde acredita que se tornará uma atriz de cinema, mas acaba virando uma garota de programa de luxo, ganhando vários admiradores, o que inclui Sally Tomato, um mafioso que paga a ela cem dólares todas as quintas-feiras para que ela o visite em Sing Sing (famosa prisão americana). 

O objetivo de Holly é se casar com um milionário e largar a vida de garota de programa, mas tudo muda quando Paul Varjak (George Peppard) se torna seu vizinho e os dois acabam se tornando amigos. Paul é um aspirante a escritor que é ''patrocinado'' por 2-E (Patricia Neal), mas  acaba se apaixonando por Holly e fará de tudo para que ela mude de ideia e deixe de lado a ideia de dar o golpe em um ricaço. 

Perdida entre a ambição e a inocência, Holly deverá escolher se deve se casar com José (José de Villalonga) - um milionário brasileiro que ela conheceu em um de suas festas - ou se corresponde aos seus sentimentos e fica com Paul. 

Audrey Hepburn fez com que Holly se tornasse um mito no imaginário feminino, não só como um exemplo de moda e elegância, mas também como uma mulher forte que sabe o que quer e não deixa seus objetivos em segundo plano.

Audrey, que até então só havia interpretado garotas boazinhas, coloca seu talento à prova interpretando a primeira prostituta do cinema, mas fazendo com que Holly seja deliciosamente excêntrica e adorável, um encanto para todos. 

À princípio, seria Marilyn Monroe a interprete de Holly, mas Marilyn não aceitou o papel, pois achou que seria prejudicial a sua imagem. Então o papel foi oferecido a Audrey, que havia acabado de dar à luz ao seu primeiro filho, Sean Ferrer Hepburn, fruto de seu casamento com o também ator, Mel Ferrer. 
 Audrey ficou relutante em aceitar, pois interpretar uma prostituta, poderia sujar para sempre sua imagem diante do público. Mas Audrey acabou por aceitar o papel e fez de Holly sua personagem mais importante e um mito mundial, tendo sido associada até hoje como o maior ícone de moda, beleza e elegância de todos os tempos, graças à sua performance como Holly Golightly. 

Audrey foi indicada ao Oscar, mas por incrível que pareça, ela acabou não ganhando.

Já no quesito moda, o tubinho preto desenhado por Givenchy fez com que o preto se tornasse famoso mundialmente, deixando de lado a velha história de que somente as viúvas poderiam usar preto e fazendo com que a cor se tornasse perfeita para ser usada em qualquer ocasião. 

Quanto aos outros atores, George Peppard, que interpretou Paul, fez um bom trabalho, mas nada muito revolucionário, assim como Patricia Neal, que infelizmente teve grande parte de suas cenas cortadas e acabou não ganhando muito destaque. 

Destaque para Mickey Rooney, que passou por um ótimo processo de caracterização para poder dar vida a Mr. Yunioshi, o vizinho japonês e implicante de Holly, que nos proporciona vários momentos cômicos do filme. Entretanto, as críticas para Rooney não foram favoráveis, porque os críticos achavam um abuso oferecem um papel de um típico japonês a um ator americano.

 Curiosidades sobre Bonequinha de Luxo

Livro alterado

Alguns elementos da personagem Holly no livro de Truman Capote, como sua suposta bissexualidade, foram omitidos no filme, na intenção de tornar a personagem mais adequada para Audrey Hepburn.

Atores cotados

O personagem Paul Varjak foi oferecido a Steve McQueen, que não pôde aceitá-lo devido ao seu compromisso com a série de TV Wanted: Dead or Alive.

Filmando na Tiffany's

Apesar de não ser notado no filme, na realização da cena em que a personagem de Audrey Hepburn observava as vitrines da Tiffany's havia centenas de pessoas acompanhando as filmagens. A quantidade de pessoas presente fez com que Hepburn ficasse nervosa e cometesse vários erros, o que obrigou a realização desta cena várias vezes.

A Tiffany's abriu pela primeira vez em um domingo desde o século XIX, para que as filmagens dentro da loja pudessem ser realizadas.
Mudança de direção

Mudança na direção

Inicialmente, Bonequinha de Luxo seria dirigido por John Frankenheimer, mas Audrey Hepburn declarou que jamais havia ouvido falar de Frankenheimer e fez pressão para que outro diretor fosse contratado em seu lugar. Foi exatamente o que aconteceu.

Cachê de estrela

Audrey Hepburn recebeu um salário de US$ 750 mil por sua atuação em Bonequinha de Luxo, o 2º maior salário pago até então a uma atriz. O 1º era o de Elizabeth Taylor em Cleópatra, de US$ 1 milhão.

Cantora amadora

A canção "Moon River" foi escrita especialmente para Audrey Hepburn, considerando o fato de que a atriz não possuía treinamento para canto na época.

Prêmios

OSCAR
1962
Ganhou
Melhor Trilha Sonora - Comédia/Drama
Melhor Canção Original - "Moon River"

Indicações
Melhor Atriz - Audrey Hepburn
Melhor Roteiro Adaptado
Melhor Direção de Arte - Colorido

GLOBO DE OURO
1962
Indicações
Melhor Filme - Musical/Comédia
Melhor Atriz - Musical/Comédia - Audrey Hepburn

GRAMMY
1962
Ganhou
Melhor Trilha Sonora - Cinema/TV


 Frases Memoráveis de Bonequinha de Luxo


''Não quero possuir nada até ter a minha própria casa. Não sei onde fica, mas sei como é. É como a Tiffany's. 
Sabe quando você está nos dias vermelhos? Fico assim quando me sinto gorda ou quando está chovendo. Me sinto triste e só. Mas o que me faz muito bem é pegar um táxi e ir à Tiffany's. Logo isso me acalma. Naquele lugar calmo e sofisticado, nada de muito ruim pode acontecer.
Se eu encontrasse um lugar onde eu me sentisse como na Tiffany's... então, eu compraria alguns móveis e daria um nome ao gato.''  
-Holly Golightly

''Sabe qual é o seu problema, Srta. quem-quer-que-seja? Você é medrosa. Tem medo de encarar a realidade e dizer: "a vida é assim. As pessoas se apaixonam.As pessoas pertencem umas as outras.É a única chance que têm de ser felizes.'' Você acha que é uma criatura livre e selvagem e morre de medo de que alguém a ponha em uma jaula. Bom querida, você está na jaula. Você mesma a construiu. E não faz fronteira ao oeste com Tulip, Texas, nem a leste com a Somália, está onde quer que você vá. Não importa para onde corra, estará sempre trombando consigo mesma.''
- Paul Varjak

''Às vezes é bem útil ser uma louca em um hospício.'' - Holly Golightly

Abaixo, confira o trailer de Bonequinha de Luxo

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A Princesa e o Plebeu

Olá, leitores!

E, de novo, vou falar sobre um filme com a minha atriz preferida, Audrey Hepburn, que esteve
 espetacular em A Princesa e o Plebeu, um clássico dos anos 50!

Brilhantemente dirigido pelo maravilhoso William Wyler, A Princesa e o Plebeu tem no elenco um dos maiores ícones masculinos do cinema, o lindo e incrivelmente talentoso Gregory Peck, que, por sua vez, divide a cena com a novata e inexperiente Audrey Hepburn, que logo em seu primeiro filme conseguiu encantar todo o mundo interpretando a bela, porém infeliz princesa Ann. 
Ann (Audrey) é uma bela e entristecida princesa que segue à risca tudo o que uma boa princesa deve fazer. Em uma de suas viagens comunitárias, Ann, cansada da tediosa e atarefada vida de princesa, decide fugir às escondidas do palácio onde está hospedada em Roma, para viver um dia de plebeia, fazer tudo o que sempre quis, mas que nunca pôde.

Mas, como havia sido fortemente medicada antes da fuga, Ann acaba adormecendo em um banco nas ruas de Roma e é acolhida por um jornalista americano (Gregory) que está em Roma justamente para conseguir um furo de reportagem sobre a princesa. 

A princípio, Joe não reconhece a princesa, que usa o pseudônimo de Annya Smith, afim de esconder sua verdadeira identidade.  Mas ao descobrir quem Annya realmente é, Joe planeja com Irving (Eddie Albert), o seu atrapalhado amigo fotógrafo para que ele registre todos os momentos da princesa em Roma e para que depois possam receber o alto cachê que lhes fora prometido caso conseguissem algo inédito sobre a estadia de Ann em Roma.

Porém, ao decorrer do divertido e encantador dia que Ann e Joe passam juntos, ambos acabam se apaixonando, fazendo com que Joe e Irving desistam da ideia de vender as fotos da princesa para a imprensa e terminando assim por preservar a imagem de Ann.

Inicialmente, a Paramount Pictures queria uma atriz conhecida para estrelar o filme, que tinha Gregory Peck no elenco, um dos maiores astros do cinema mundial, mas todas as atrizes que foram cogitadas para o papel não estavam disponíveis, fazendo com que William Wyler fosse procurar uma atriz nova, um rosto desconhecido pelo grande público.

Após muito ouvir falar sobre uma moleca com rosto angelical que estava em cartaz com a peça Gigi na Broadway, William Wyler decidiu que esta seria a sua princesa Ann.

A atriz em questão era nada mais nada menos do que Audrey Hepburn, uma moça alta, magricela, de cabelos escuros e tampouco afeminada, que estava se destacando pelo sucesso e pelas críticas positivas para Gigi, peça de Collette, que estreara na Broadway em 1952.

Então estava decidido que Audrey seria a princesa Ann, mas a Paramount ficou relutante em contratar uma atriz inexperiente para protagonizar um dos filmes mais importantes do ano, mas, de acordo com vários relatos de pessoas que trabalharam na produção do filme, todos já sabiam que aquela menina estaria destinada ao sucesso e se consagraria como uma grande atriz.

 A graciosidade com que Audrey interpreta Ann leva o público ao delírio, fazendo com que imediatamente todos a amassem e ela foi logo agraciada com o Oscar de Melhor Atriz do ano, desbancando atrizes de peso como Ava Gardner e Deborah Kerr.

Gregory Peck realizou um ótimo trabalho como Joe, fazendo com que o público o odeie no começo, mas que comecem a ama-lo ao decorrer do filme. E as cenas com Eddie Albert são um dos pontos mais cômicos de todo o filme.

A Princesa e o Plebeu foi um sucesso estrondoso de bilheteria e de crítica, sendo agraciado com muitos prêmios, entre eles:

Oscar de Melhor atriz (Audrey Hepburn), melhor figurino - preto e branco e melhor história original.

Indicado nas categorias de melhor filme, melhor diretor, melhor ator coadjuvante (Eddie Albert), melhor edição, melhor direção de arte - preto e branco e melhor fotografia - preto e branco.

Globo de Ouro 1954 (EUA)

Venceu na categoria de melhor atriz - drama (Audrey Hepburn).
BAFTA 1954 (Reino Unido)

Venceu na categoria de melhor atriz britânica (Audrey Hepburn).
Indicado nas categorias de melhor filme e melhor ator estrangeiro (Gregory Peck e Eddie Albert).

NYFCC Award 1953 (New York Film Critics Circle Awards, EUA)

Venceu na categoria de melhor atriz (Audrey Hepburn).

Algumas curiosidades sobre o filme:

O projeto do filme Roman Holiday era inicialmente do diretor Frank Capra, que pretendia os atores Cary Grant e Elizabeth Taylor nos papéis principais. Cary Grant foi convidado para o papel de Joe Bradley, mas recusou o papel após ler o roteiro. Só então o papel foi oferecido a Gregory Peck.

O diretor William Wyler inicialmente queria que a atriz Jean Simmons interpretasse a Princesa Ann; quando ele soube que a atriz não estava disponível, chegou a cancelar temporariamente a produção do filme.

Quando a cena em que a princesa se despede de Joe foi rodada, a atriz Audrey Hepburn não conseguia chorar, como exigia o roteiro. Após várias tentativas infrutíferas, William Wyler reclamou, fazendo com que Audrey começasse a chorar, e só então a cena pode finalmente ser rodada com sucesso.

Na década de 1970 chegou a ser pensada a realização de uma seqüência para Roman Holiday, que reuniria mais uma vez Audrey Hepburn e Gregory Peck. No filme, Ann já seria uma rainha e Joe Bradley seria um romancista de sucesso, e seus filhos é que se apaixonariam. Porém, tal filme nunca chegou a sair do papel.

Quando Gregory Peck foi para a Itália para começar a rodar o filme, ele estava deprimido em razão da recente separação e iminente divórcio de sua primeira esposa, Greta. Entretanto, durante as filmagens, ele conheceu e se apaixonou por uma moça francesa chamada Veronique Passani. Após o divórcio, eles se casaram e permaneceram juntos até o falecimento do ator.

Gregory Peck estava tão convencido que Audrey Hepburn seria indicada ao Oscar de melhor atriz que solicitou que o nome dela aparecesse em primeiro lugar nos créditos; e ele tinha razão, Audrey foi a vencedora do prêmio.

O 11º episódio da série Gossip Girl leva o nome do filme.

Os dois principais atores (Peck e Hepburn), fazem uma pequena aparição no livro "A Marca de Atena" (de Rick Riordan), onde Reia, mãe de Rômulo e Remo, e Tiberino, Deus do rio Tibre, se assemelham muito aos atores da década de 50.



Abaixo, confira o trailer de A Princesa e o Plebeu


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Uma Cruz à Beira do Abismo

Já faz um tempão que não escrevo aqui, né? Mas voltarei a fazer mais postagens, prometo! Talvez tenha sido por causa do desânimo que o fim do meu adorado orkut me causou.


Mas vamos ao que interessa.

Minha análise de hoje é sobre o fantástico Uma Cruz à Beira do Abismo, estrelado pela terceira maior lenda feminina do cinema e até hoje o maior ícone de moda e beleza de todos os tempos, Audrey Hepburn.

Com a fantástica direção de Fred Zinnemann e tendo como base principal o excelente livro auto-biográfico de Kathryn Hulme, Uma Cruz à Beira do Abismo é um filme marcante e com fortes atuações, um longa que dificilmente será esquecido pelo público.

1930, a jovem Gabrielle Van der Mal (Audrey Hepburn), decide largar sua família, seu noivo e sua bem-sucedida carreira de médica para se tornar uma freira e ir trabalhar no Congo Belga como freira-enfermeira.

Mas ao entrar no convento, Gabrielle sente uma enorme dificuldade
 em oprimir seus desejos e suas vontades.
Após concluir seu período como postulante, Gabrielle se torna noviça e adota o nome de ''Irmã Luke'' e vai estudar, juntamente com outras três irmãs da Casa Mãe em uma prestigiada escola de medicina tropical, afim de aprimorar seus conhecimentos e enfim ir para o Congo, onde assumirá o seu tão sonhado posto de freira-enfermeira.
Mas nem tudo sai como planejado. Gabrielle é aprovada no exame, ficando em quarto lugar em um grupo de oitenta, mas é mandada para um hospital psiquiátrico, para ajudar a cuidar dos pacientes mais perigosos, como no caso da perturbada ''Arcanjo''.

Após um período no hospital, Gabrielle finalmente vai para o Congo. Mas seu desejo de cuidar dos nativos e leprosos é, novamente interrompido, e ela acaba se tornando ajudante do excepcional Dr. Fortunati (Peter Finch), um homem solteiro e supostamente ateu, que logo desperta o interesse de Gabrielle.

Gabrielle é adorada por todos no Congo, por ser uma espécie de ''noviça rebelde'', fazendo algumas revoluções no hospital e chamando a atenção de todos por sua beleza e ousadia.

1939, estoura a Segunda Guerra Mundial e Gabrielle é enviada de volta à Bélgica, sendo obrigada a largar a maravilhosa vida que levava no Congo para ajudar em um caso importante para o país.

Orgulho, rancor, vaidade e desobediência, sentimentos que por anos Gabrielle escondeu, fazem com que ela fique dividida entre continuar na vida religiosa ou seguir seus próprios instintos.

Em 1959, imaginar Audrey Hepburn, a até então 'eterna Princessa Ann' de A Princesa e o Plebeu e a queridinha do público desde 1953 interpretando uma freira, era algo muito difícil para o público, pois ninguém conseguia designar a imagem dela a da princesa que foge do palácio e tira um dia inteiro só para fazer tudo o que sempre teve vontade e que acaba se apaixonando por um plebeu.

Mas, ao verem Hepburn atuando em Uma Cruz à Beira do Abismo, o público se derreteu ainda mais aos seus pés e fazendo com que Audrey fincasse de vez o seu nome na indústria cinematográfica e se tornando uma das mais respeitadas atrizes da época.

No início do filme, vemos uma Audrey feliz e radiante, que tem como objetivo se tornar freira-enfermeira e ir para o Congo Belga. Mas ao decorrer da trama, a doce Audrey que nos deparamos logo no início do filme, tornasse uma Audrey amargurada, infeliz em sua vida de freira e cheia de ódio no coração.  Papel que, até então, Audrey jamais havia feito e que pegou o público de surpresa, pois a queridinha de Hollywood não poderia sofrer. Pelo menos não nas telas.

Pronto! Audrey se tornou a mais requisitada atriz da época e conquistando a maior bilheteria do ano e a sua terceira indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

O filme foi um sucesso de crítica e bilheteria, tendo sido indicado a vários prêmios, tais como o Oscar e Globo de Ouro.

Peter Finch, Dame Edith Evans, Bárbara O'Neil e vários outros contribuíram para que o filme se tornasse um sucesso mundial e aclamado pelo público.

Algumas curiosidades sobre o filme:

O filme é baseado no livro de mesmo nome, que conta a história real de Marie-Louise Habets. As irmãs de Audrey Hepburn no filme são Marie e Louise em homenagem a verdadeira "Irmã Luke".  

Papel recusado

O papel da Irmã Luke foi oferecido a Ingrid Bergman, mas ela recusou alegando que não tinha mais idade para interpretar esse papel, e propôs o nome de Audrey Hepburn. 

Preferência

Dentre os filmes que tinha feito, esse era um dos favortios de Audrey Hepburn, e também foi um dos mais bem sucedidos financeiramente. 

Sucesso

Depois de adquirir os direitos autorais sobre o livro, o diretor Fred Zinnemann teve dificuldades para encontrar um estúdio que quisesse transformá-lo em um filme, dizendo que a história era desprovida de ação. Mas depois que Audrey Hepburn demonstrou interesse em interpretar a protagonista, começou um guerra de ofertas para patrocinar o longa. Quem ganhou foi a Warner Bros, rendendo ao estúdio um dos filmes mais aclamados do ano e seu maior sucesso de bilheteria em 1959. 

Locações

O filme foi rodado em locações como Roma (Itália), Bruges (Bélgica), Stanleyville, hoje conhecida como Kisangani (Congo), e uma colônia real de leprosos no Congo. 

Trailer original de Uma Cruz à Beira do Abismo: