quinta-feira, 4 de maio de 2017

Cinderela em Paris - Funny Face - 1957

Hoje, se viva estivesse, Audrey Hepburn estaria completando 88 anos de vida. Para homenagear essa grande atriz e mulher, nada mais justo do que escrever sobre um dos filmes mais louváveis de sua carreira.


Sinopse:

Dick Avery  (Fred Astaire), o prestigiado fotógrafo da conceituada revista feminina Quality Magazine, cuja proprietária é a excêntrica Maggie Prescott (Kay Tomphson), está insatisfeito com as modelos que tem que fotografar.
Decidido a achar um novo rosto para estampar as capas da Quality, Dick acaba encontrando em Jo Stockton (Audrey Hepburn ), uma moça desleixada e funcionária de uma livraria,  a "new face" que tanto procurava.

 Mas Jo é totalmente contra revistas de moda, é após muoto esforço, Dick e Maggie a convencem a ir à Paris para ser a nova "Mulher Quality" e estrear a nova coleção do famoso estilista francês Paul Duval.

Porém, ao chegar em Paris, as coisas não saem como o planejado.
Jo está mais interessada em assistir as palestras de professor Florester - segundo ela,  o "pai do empaticismo") nos cafés parisienses do que em ser uma modelo internacional, gerando muitas divertidas confusões.

Sobre o filme:

Embora Audrey Hepburn não seja uma grande cantora e Fred Astaire já estivesse muito mais velho do que na época em que protagonizava  incríveis números musicais ao lado de Ginger Rogers, Cinderela em Paris é um dos mais alegres e deliciosos musicais produzidos na década de 1950.
Audrey Hepburn está radiante nos figurinos de Hubert de Givenchy! Audrey, em sua performance como cantora, não deixa a desejar, pois todas as músicas foram escritas para adaptar-se a sua voz rouca. O resultado final nos oferece bonitas canções que ficaram ótimas na voz de Audrey.
Fred Astaire está divertidíssimo como Dick Avery, e mais uma vez nos brinda com ótimos números de dança.
Mas Hepburn e Astaire não funcionam como par romântico. Fred Astaire, na época com 58 anos, parece mais o pai de Audrey do que seu par romântico.
A direção de Stanley Donen é brilhante! Desde "Cantando na Chuva", de 1952, Stanley Donen não produzia um filme tão bom.
A fotografia do filme é um show à parte. As cores vivas e alegres fazem deste filme um dos mais bem produzidos em Techinicolor.
Rodado em Paris, o filme nos fornece todo o charme e beleza da Cidade Luz. Locações como a Catedral  de Notre Dame,  o Rio Sena, a Champs Elisse, o Museu do Louvre  e a Torre Eiffel,  são um dos elementos mais fortes para Cinderela em Paris ser  um filme tão encantador.
As músicas são alegres e bonitas, destaque para "Bonjour, Paris!", que provavelmente é a melhor canção do filme.
Mas o grande destaque do filme é o maravilhoso figurino que Hubert de Givenchy, estilista francês e amigo de Audrey Hepburn criou para ela neste filme.
Cada peça que Hepburn traja é um deleite para os olhos do público feminino.

Cinderela em Paris é daqueles filmes que entretém, divertem e encantam o público. Cada cena deste filme nos faz sentir em Paris, faz com que sintamos todo o encanto da cidade mais bela do mundo.
Sem dúvidas é um filme que merece ser visto várias e várias vezes, não só pelos amantes de musicais, Paris e admiradores de Audrey Hepburn, mas por todos aqueles que se intitulam cinéfilos.

Abaixo, o trailer de Cinderela em Paris





quarta-feira, 3 de maio de 2017

My Cousin Rachel, 1952 - Eu te Matarei, Querida!

My Cousin Rachel

Baseado no livro ''My Cousin Rachel'', de Daphne Du Maurier, a mesma autora de ''Rebecca'', o longa de 1952 é estrelado por Olivia de Havilland e Richard Burton, marcando sua estréia no cinema americano.

Após a morte de seus pais quando era recém-nascido, Philip Ashley (Richard Burton) passa a ser criado por seu primo mais velho Ambrose (John Sutton), que tornasse mais que um primo para Philip. Torna-se seu pai, amigo, irmão. Tudo no mundo para Philip.

Muitos anos mais tarde, Ambrose, devido recomendações médicas, vai para à Itália, e é lá que ele conhece  Rachel (Olivia de Havilland), sua prima distante. Ambrose se apaixona por Rachel e se casa com ela. 


Feliz, Ambrose escreve para Philip contando sobre a cerimônia e o quanto sua prima Rachel é encantadora e inteligente. 
Mas após algum tempo, Philip recebe cartas estranhas de Ambrose, cuja caligrafia mostra-se ser a de alguém doente e perturbado.

Depois de uma série de cartas assim,  Philip decide ir  à Europa atrás de seu primo, quando recebe uma última carta de Ambrose, dizendo: ''Ela conseguiu! Rachel, meu tormento''. 

Ao chegar na Itália, Philip descobre que Ambrose havia falecido há três semanas, devido um tumor cerebral, possivelmente uma doença hereditária, já que o pai de Ambrose havia falecido da mesma doença. 

Insatisfeito com as explicações que receberá durante sua estadia na Itália e certo de que sua prima Rachel tem algo haver com a morte de Ambrose, Philip decide vingar-se dela.

De volta à Inglaterra, Philip é informado que sua prima Rachel está a caminho, para devolver a ele os pertences de Ambrose.

Philip vê que essa é a oportunidade perfeita para acusar Rachel, mas quando ela chega, seus conceitos sobre ela mudam.

Rachel, uma mulher de 35 anos, muito bonita, educada e inteligente, cuja a amabilidade torna-se suspeita. Culpada ou inocente? É o que Philip passa a se perguntar constantemente.

Com o passar dos dias, Philip se apaixona por Rachel, tornando-se incapaz de acusá-la. Mas essa paixão torna-se uma obsessão.
Sem ter sido mencionada no testamento de Ambrose, Rachel possui dívidas, que Philip faz questão de pagar, além de dar à sua amada prima uma alta mesada e presenteá-la com as jóias da família.

Entretanto, no testamento, Ambrose deixa claro que Philip só poderá dispôr de seus bens quando completar 25 anos. E é nessa ocasião que Philip, cego de paixão, doa todos os seus bens para Rachel. As jóias, o dinheiro, a propriedade... Tudo.

Após isso, Philip acredita que irá se casar com Rachel, mas está completamente equivocado.


Sobre o filme


Olivia de Havilland retoma suas atividades cinematográficas dois anos depois de ter ganho o seu segundo Oscar de Melhor Atriz por sua aclamada performance em "Tarde Demais", e faz um excelente trabalho como a misteriosa prima Rachel,  que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz Dramática.
Por sua vez, Richard Burton - então novato em Hollywood -, nos fornece uma atuação um pouco explosiva, às vezes demasiado dramática, às vezes demasiado fria, mas não deixou à desejar. Burton consegue captar bem a essência do personagem, e sua performance lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante - embora seja o intérprete do personagem principal, Burton não conseguiu grandes destaques,  já que Olivia de Havilland foi considerada a grande estrela do filme.

A direção de Henry Koster é bem elaborada, mas um tanto cansativa.
A fotografia do filme é ótima, os figurinos muito bem reproduzidos, mas a cereja do bolo é a fantástica trilha sonora de Franz Waxman.
''Eu Te Matarei, Querida!'', é mais um dos grandes clássicos de Hollywood que infelizmente tornou-se esquecido pelo público, e mesmo não sendo a obra-prima de Koster,  é um bom filme e deveria ser mais reconhecido pelo público.

Abaixo, o trailer de ''Eu Te Matarei, Querida!''